sexta-feira, 30 de março de 2012

Elisa nasceu!!!

A Fernanda e o Elvis me conheceram através do GestaLondrina. Fizemos as primeiras consultas pensando em um parto domiciliar. Mas tudo foi caminhando para que isso não fosse possível. Depois de tentar vários caminhos e todos eles levando a um parto hospitalar (teve procura por equipe, possibilidade de parir em outra cidade, mudança de médico e de planos hehe) quando estava tudo quase certo para ela respirar e somente esperar: a bolsa rompeu. 
Foi um trabalho de parto demorado (só no hospital ficamos umas 18 horas) mas também muito tranquilo.
A dra. Marlene teve muita paciência em esperar sem fazer nenhuma intervenção não solicitada. 
Depois de um longo dia a dilatação estava já em 10cm mas bebê continuava alta e as contrações menos intensas e mais espaçadas. Fomos caminhar pelos corredores e sugeri a ela subir e descer os degraus da escadaria do hospital. Ajudou muito! Deu muita diferença nas contrações e na posição da Elisa! Eu tenho pra mim que ela queria nascer na escada... :) Voltamos para o quarto e novamente as contrações diminuíram. Mais sobe e desce na escadaria e Elisa já se insinuava no canal de parto. Voltamos para o quarto e novamente diminuição das contrações. O casal optou por administrar ocitocina para ajudar um pouco no ritmo e intensidade das contrações que estavam muito espaçadas e fracas e a Fernanda já muito cansada. O que tranquilizava muito eram os batimentos da bebê, sempre ótimos durante as auscultas. 
Alguns  minutos depois, com a Fernanda na posição de cócoras sustentada pelo Elvis a Elisa nasceu! 26/03/2012 a 01:17 da manhã. Linda, cabeludinha e muito esperta! Foi pro colo da mãe imediatamente e assim que foi apresentada ao seio sugou como se soubesse há tempos como se faz! Saiu um pouco de colostro que ela ainda ficou lambendo e sim, SABOREANDO! Elisa nasceu com 3,100kg e 48cm.

Os pais da Fernanda subiram para ver a netinha porque vieram de outra cidade e não arredaram o pé nem quando desci para tranquiliza-los hehe! Depois de um tempo o pediatra Marcus Vinícius chegou e examinou. Estava tudo ótimo, ela mamando e bem coradinha :D. 
Elisa não quis nascer no dia 25/03 que é o aniversário do papai Elvis! Ela quis um dia só pra ela!
Vale a pena lembrar que a Fernanda não pediu anestesia em nenhuma etapa do parto.

Aguardo o relato da Fernanda sobre o parto. Esse foi um breve resumo de um parto que tem muita história pra contar! 
E tem vídeo! :) Essa música eu coloquei pra tocar quando a Fernanda estava no chuveiro, e lembro de ter me emocionado muito a ponto de sair um pouco de lá para chorar no quarto. Foi um momento lindo de muita emoção. E não poderia colocar outra música.



Elisa Fernanda e Elvis estão ótimos! Elisa mama muito bem e está super fofinha! 
Parabéns!!!

BjoS!


quarta-feira, 21 de março de 2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

Abaixo assinado - Debate cientificamente fundamentado sobre local de parto


Para que a escolha do local de parto seja um direito e que seja respeitado.

Abaixo-assinado PETIÇÃO PÚBLICA POR UM DEBATE CIENTIFICAMENTE FUNDAMENTADO SOBRE LOCAL DE PARTO

Para:Ministério da Saúde e Centro Cochrane do Brasil

“Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.”

As entidades e pessoas abaixo relacionadas, considerando:

A recente morte da ativista Caroline Lovell depois de um parto domiciliar na Austrália, que despertou intensa comoção em todo o mundo, com manchetes sensacionalistas em diversos jornais alertando contra "os riscos" de um parto domiciliar;

O posicionamento de alguns médicos e representantes de sociedades e conselhos no Brasil que, aproveitando um caso isolado, se colocam contra a atenção ao parto domiciliar;

As tragédias silenciosas, como o elevado número de mortes maternas que ocorrem anualmente no Brasil em pleno século XXI, e que são relegadas ao esquecimento, embora proporção superior a 95% dos partos ocorra em ambiente hospitalar, ressaltando-se que está comprovado que mais de 90% dessas mortes são classificadas como evitáveis;

O fato de que muitos desses óbitos decorrem de assistência inadequada à gestação e suas intercorrências e, principalmente, da inadequada atenção ao parto, sendo que importante proporção está associada com cesáreas eletivas;

O fato de que todos os grandes estudos atuais apontam para segurança semelhante entre partos atendidos no domicílio ou centros de parto normal, quando comparados com os partos atendidos no hospital, desde que os primeiros sejam planejados e atendidos por profissionais habilitados; e que os partos em casa ou centro de parto normal demonstram níveis superiores de satisfação da paciente, integridade perineal, índices mais baixos de cesariana e maiores taxas de amamentação bem sucedida;

Que a Medicina Baseada em Evidências consiste na integração harmoniosa da experiência clínica individual com as melhores evidências científicas disponíveis e com as características e expectativas dos pacientes, assim como o respeito à autonomia dos pacientes é um dos princípios básicos de Bioética;

Que a discussão sobre o local de parto deve se pautar, essencialmente, em dois níveis: respeito às evidências científicas e respeito à autonomia e ao protagonismo feminino, uma vez que a escolha do local de parto é um direito reprodutivo básico;

Que tanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) como a Federação Internacional de Ginecologistas e Obstetras (FIGO) respeitam o direito de escolha do local de parto pelas mulheres e reconhecem que, quando assistidos por profissionais habilitados, há benefícios consideráveis para as mulheres que querem e podem ter partos domiciliares ou em centros de parto normal;

Que a OMS reconhece como profissionais habilitados para prestar assistência ao parto tanto médicos como enfermeiras-obstetras e obstetrizes (parteiras formadas);

Que a FIGO recomenda que "uma mulher deve dar à luz num local onde se sinta segura, e no nível mais periférico onde a assistência adequada for viável e segura";

Que as revisões da Colaboração Cochrane sobre local de parto identificaram que em centros de parto normal, tanto intra como extra-hospitalares, ocorrem taxas mais baixas de procedimentos invasivos e restrições, taxas mais baixas de cesariana, de necessidade de analgesia para o parto, de utilização de ocitócicos para estimulação do parto, com maior mobilidade das mulheres, menores taxas de anormalidade nos batimentos cardíacos fetais e maior satisfação com a assistência;

Que o sistema de saúde da Inglaterra, que se pauta por basear suas políticas em evidências científicas, adotou como política pública a recomendação de que as mulheres busquem o parto domiciliar, e para elaborar essa diretriz contou com o apoio do Royal College of Obstetricians and Gynecologists (RCOG) e do Royal College of Midwives (RCM). De acordo com a diretriz do RCM e do RCOG, "não há motivos para que o parto domiciliar não seja oferecido a mulheres de baixo risco, uma vez que pode conferir consideráveis benefícios para essas gestantes e suas famílias";

Que o American College of Nurse Midwives e a American Public Health Association apoiam o parto domiciliar e em centro de parto normal para gestações não complicadas, sendo que o American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), conquanto explicite que considera hospitais e centros de parto normal mais seguros, reconhece o direito das mulheres de escolher o local de parto, tendo publicado em fevereiro de 2011:

"Embora o Comitê de Prática Obstétrica acredite que os hospitais sejam os locais mais seguros para o nascimento, ele respeita o direito de uma mulher de tomar uma decisão medicamente informada sob o parto. Mulheres questionando sobre o parto domiciliar planejado deveriam ser informadas sobre os seus riscos e benefícios baseados nas recentes evidências. (...) É importante que as mulheres sejam informadas que a adequada seleção de candidatas para o parto domiciliar; a disponibilidade de enfermeiras-obstetras ou obstetrizes certificadas, ou médicos atuando dentro de um sistema de saúde integrado e regulado; o pronto acesso à consulta; e a garantia de transporte seguro e rápido para os hospitais mais próximos são críticos para reduzir as taxas de mortalidade perinatal e obter desfechos favoráveis do parto domiciliar."

Que existe uma parcela crescente de mulheres insatisfeitas com o atual modelo de assistência obstétrica no Brasil, excessivamente tecnocrático e caracterizado, por um lado, por taxas de cesariana inaceitavelmente elevadas no setor privado (mais de 80%) e, de outro, pelos partos traumáticos e com excesso de intervenções tanto no sistema público quanto no privado;

Que o parto domiciliar planejado não somente "continua acontecendo" no Brasil, como vem crescendo o número de mulheres que optam por essa alternativa, apesar de ainda não haver estatísticas confiáveis sobre seu número exato, uma vez que os sistemas de informação não permitem distinguir partos domiciliares planejados de não planejados e ocorridos sem assistência;

Que as mulheres brasileiras estão buscando e pleiteando uma assistência ao parto respeitosa e digna, assim como outras possibilidades de locais para ter seus filhos, além do hospital;

Finalmente, que o debate em torno do parto domiciliar e em casa de partos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, tem se tornado extremamente polarizado e politizado e que não é aceitável que o ambiente hospitalar seja o único a ser oferecido para todas as mulheres que desejam ter seus filhos com segurança, uma vez que os estudos científicos atuais apontam para a segurança do parto domiciliar e em centros de parto normal,

Vimos propor:

Que seja aberto um debate cientificamente fundamentado sobre local de parto, com a participação de governo, organismos internacionais e sociedade civil – movimentos de mulheres, conselhos profissionais, associações corporativas, movimentos populares e outros.

Solicitamos, de antemão, que esse debate seja organizado pelo Centro Cochrane do Brasil, organização reconhecida por sua integridade científica, que tem por objetivo ajudar as pessoas a tomar decisões baseadas em informações de boa qualidade científica na área da saúde.

Sugerimos que esse debate tenha como objetivo a regulamentação da assistência extra-hospitalar ao nascimento, com a elaboração de protocolos baseados nas mais atualizadas evidências científicas, permitindo incrementar a segurança e monitorar os desfechos maternos e perinatais, oferecendo a mais ampla gama de alternativas para as gestantes e reforçando a ideia do protagonismo feminino no parto.

Clique aqui para assinar!

BjoS!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Veridiana nasceu junto com o dia!

No amanhecer do dia 12 de março de 2012 Veridiana veio trazer mais alegria para a mãe Cris e o pai César (mais conhecido com Gugu).
A Cris se mudou aqui para Londrina e estava um pouco apreensiva porque morava em Curitiba e o parto estava todo planejado lá.
Chegando aqui o GestaLondrina foi indicado para ela e participava sempre das reuniões. Ela encontrou o Dr. Alessandro Galletto e estava bem confiante para ter um parto natural.
Chegando ao fim da gestação ela me chamou para ser a doula que acompanharia ela e eu aceitei com muita alegria!
A Cris estava muito serena e preparada para o parto. O esposo dela também. Fizemos uma consulta pré parto onde ajudei a elaborar o Plano de Parto e foi muito boa a nossa conversa.
O parto evoluiu bem rápido para uma primeira gestação. Foram no máximo 6 horas de trabalho de parto ativo.
E foi lindo! Veridiana é linda, fofa, cabeluda e bem calminha!
Nasceu com 3,680kg e 50cm!
Mais tarde eu gostaria de elaborar um relato e quem sabe ter um relato deles também :).
Mas eu fiz um vídeo que eles me autorizaram publicar no blog.
Imagens falam muito mais que as minhas palavras ;).



BjoS!!!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Teste da Violência Obstétrica | Blogagem Coletiva


Os blogs Parto no BrasilMamíferas Cientista Que Virou Mãe, com apoio das blogueiras da Parto do Princípio e em deferência ao Dia Internacional da Mulher, convidam a todas as blogueiras a fazerem parte desta ação em defesa das mulheres, da qualidade da assistência ao parto e contra a violência obstétrica: blogagem coletiva "TESTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA".


O teste será divulgado, em forma de blogagem coletiva, no dia 08 de março, e ficará no ar até o dia 15 de abril. No dia 30 de abril, divulgaremos os resultados desta pesquisa informal, que tem como objetivo sensibilizar as mídias sociais e outras instâncias para a grave questão da violência obstétrica.



Obrigada!

terça-feira, 6 de março de 2012

Está de 40 semanas e o trabalho de parto não começa? Olha a dica!

Rolou no Facebook ontem este vídeo engraçadíssimo de uma gestante dançando Ice ice baby.
Vejam o vídeo e leiam a descrição que aí sim dá pra entender melhor ;)
Lógico que isso não serve como regra para ninguém sair induzindo o parto, é só pra gente rir um pouquinho!


Descrição do autor do vídeo (tradução pobrinha que eu fiz):
Minha esposa estava com 40 semanas neste vídeo. Havíamos acabado de chegar do nosso "médico de barriga" (obstetra né gente?) e ele nos disse que nossa filha Mia Lee provavelmente nasceria com uma semana de atraso. Então cerca de 8 horas depois ela entrou em trabalho de parto! 

Eu tenho certeza que foi por ela ter dançado a música Vanilla Ice Ice Baby.

O quão normal é uma mulher com 40 semanas de gravidez conseguir fazer estes movimentos e com tanto estilo!

Então se você está tendo problemas com a sua data provável do parto preste atenção aos movimentos e já deixe o carro pronto!
Eu sou apenas um marido orgulhoso e pai novo de uma filha linda e seu profundamente no meu coração que nossa pequena será tão hábil na pista da sala de estar!
Jamais imaginei que estaria dizendo isso graças a Vanilla Ice e Boyz II Men. 

BjoS!!!

sábado, 3 de março de 2012

Sobre a dor no parto

Depois do chá de bênçãos eu tinha que revisar uma redação que fiz para o curso de doulas. Eu estava tão mexida com tudo o que vivemos ali que acabei quase reescrevendo ela toda.
Meus dois primeiros filhos nasceram de parto normal, não natural. As experiências foram lindas como todo nascimento é. Só que eu queria parir. Queria fazer tudo do começo ao fim. E posso garantir que foi muito diferente! Pensando nisso tudo escrevi este texto. Espero que eu tenha conseguido transmitir a minha relação com a dor no momento do parto.


Vencendo a dor ou vencendo com a dor?

De repente uma dor que parece que para mas volta. Busco alívio. Ela é o sinal tão esperado que o encontro com a menina ainda desconhecida e incrivelmente amada e querida está muito próximo.
Ainda que doa eu quero sentir. Quero passar por tudo. Como pode eu querer sentir esta dor? Penso comigo que é tudo uma loucura. Por que eu fui mergulhar nessas águas?
Essa dor que vem em ondas. Essas ondas que parecem que vão tirar o meu ar. Mas não tiram. Elas me dão mais força.
Eu tenho um anjo comigo. Ela me lembra que a onda vem pequena ainda e vai ficando cada vez maior e mais forte e pode até assustar. Me lembra de respirar. Não devo lutar contra, preciso me entregar. Me entrego e é a dor que me leva pro lugar onde eu mais quero estar. Resmungo, grito, respiro e olho para a frente e o anjo ali a me dizer que eu vou conseguir, está tudo bem. Respira!
E as ondas chegam cada vez mais fortes e parece até que eu não vou conseguir me levantar entre uma e outra. Até que me falam: a menina está aqui! Se ela está aqui, só falta a minha parte. Tenho que me abrir para receber o seu abraço, o seu olhar. Estendo a minha mão e toco seus cabelinhos. Procurando pela dor percebo que ela já não é mais uma onda. Agora ela queima coroando a chegada da minha pequena.
- Eu consegui! Eu consegui! Acabou!
E toda essa luta faz sentido. A dor desaparece e dá lugar a uma alegria tão intensa que é difícil explicar. A dor me trouxe até aqui.
Não posso dizer que eu sofri. Eu só me entreguei à dor da minha vitória.

Até mais!

Curiosidades da Partolândia


A Ana Cristina Duarte (corre no fim do post se você não sabem quem é a Ana Cris) postou no Facebook curiosidades sobre a Partolândia. Que seriam algumas explicações sobre coisas mal interpretadas ou passadas adiante erradas sobre o parto.
Confiram que vale a pena! O que está em roxinho fui eu que escrevi ;)
Ilustração retirada do livro "Com Olhos de Criança" De Francesco Tonocci
Curiosidades da partolândia I: não existe dilatação de "5 dedos". A dilatação se mede com 1 dedo, 2 dedos e a partir disso são centímetros, pois não dá para colocar 3 dedos, 4 dedos.. até dá, mas não é bonito. Então a dilatação vai em 1 dedo, 2 dedos, 3 cm, 4 cm... até 10 cm.
Me perguntaram esses dias como os médicos e enfermeiras sabem quantos centímetros de dilatação? Eles usam o indicador e o dedo médio para examinar. Estudam gabaritos para poder aprender quantos centímetros equivalem a abertura dos dedos.

Curiosidades da Partolândia II: o que dilata é o colo do útero, aquela estrutura que fecha do útero e mantem o bebê lá dentro por 9 meses. É lá que a gente mede a dilatação. Depois disso, no canal do parto, vem só tecido elástico, que não precisa dilatar para o nascimento, mas sim "esticar".
E o maior obstáculo seria justamente o colo que ficou o tempo todo mantendo o bebê ali. Se já dilatou é só trabalhar para relaxar o máximo possível para que os tecidos elásticos cumpram o seu papel.

Curiosidades da Partolândia III: quando a bolsa se rompe, o bebê continua produzindo líquido amniótico através da urina, e sua cabecinha faz uma "rolha" que veda o colo do útero provisoriamente. Assim, ele sempre terá líquido amniótico ao seu redor! Não à toa que um bebê que nasce com bolsa rompida há muito tempo, frequentemente ainda vem numa torrente de água!
Já ouvi relatos de que o médico fez a cesárea porque eu não tinha líquido. "Ele não tirou nem um copinho de café de lá de dentro depois." Pois é...

Curiosidades da Partolândia IV: não existe bebê que ficou mal porque "bebeu água do parto" ou porque "engoliu mecônio". Bebês bebem água do parto durante metade da gestação, o tempo todo. E o mecônio é uma substância estéril e sem risco para o tubo digestivo. O perigo é a aspiração profunda de mecônio, porque obstrui os alvéolos. Já o líquido aspirado não chega a ser um problema importante.
Aspiração de mecônio. Bem diferente de engolir líquido!

Curiosidades da Partolândia V: todos os bebês nascem roxos, porque dentro do útero eles vivem o tempo todo com essa cor, sendo o útero um ambiente de baixa oxigenação. Só quando nasce e respira é que ele vai começar a ficar cor de rosa aos poucos. Portanto quando disserem "você passou da hora, tanto que nasceu roxo na cesárea", desconfie do 171 obstétrico. Bebês nascem roxos, todos!
Aqui dos três o único que ficou rosinha rapidão foi o Gabriel. E nenhum nasceu com mais de 39 semanas.

Curiosidades da Partolândia VI: Todos os bebês têm algum nível de icterícia fisiológica, aquele amarelo na pele e olhos. Eles nascem com excesso de hemáceas, que ao serem degradadas produzem a bilirrubina, substância amarela. Aos poucos o fígado metaboliza e a cor da pele vai voltando ao normal. São raríssimos os casos de icterícia patológica que requerem banho de luz. A imensa maioria dos bebês internados nas UTIs neonatais privadas estão lá ajudando a pagar o equipamento, só isso.
Lais teve, era prematura e não teve que ficar internada. Tratamos com banho de sol por indicação médica. Mas outro bebê que conheço teve mais branda e ficou internado.

Curiosidades da Partolândia VII: O cordão umbilical não precisa ser cortado em nenhum momento específico. Se a família quiser, pode esperar a hora do banho da mãe, ou da pesagem do bebê. Se o bebê nasce na rua ou em casa, é para deixar o cordão ligado. O cordão não faz mal ao bebê! Não tenha pressa!

Curiosidades da Partolândia VIII: A gravidez humana dura EM MÉDIA 38 semanas a partir da concepção ou 40 semanas a partir da última menstruação. Quando falamos que a gestante está de 28 semanas, estamos contando da menstruação. Se fôssemos falar a partir da concepção, diríamos 26 semanas. A contagem em mês é artificial e aleatória. Com 28 semanas tem gente que chama de 7 meses, tem gente que chama de 6 meses, tem gente que chama de 6,5 meses. Contagem em meses não serve para nada.
Serve sim, pra se perder haha!

Curiosidades da Partolândia IX: Apgar é uma nota que se dá ao bebê quando ele nasce. Não precisa fazer nada, só observar o bebê. A primeira nota se dá com 1 minuto de vida e não tem significado algum. A segunda nota se dá com 5 minutos de vida e diz mais ou menos as condições do recém nascido naquele momento. Qualquer nota acima de 7 no quinto minuto já é uma nota ótima. A nota do primeiro minuto não é levada em consideração em nenhum tipo de levantamento. É só para divertir a audiência.

Curiosidades da Partolândia X: A medida do comprimento do recém nascido não serve para nada, o bebê sempre está encolhido, então não dá para medir. Só serve para a diversão da galera, e não entra em nenhum levantamento de saúde. Nem entra na DNV, declaração de nascido vivo. É que nem medir o bíceps de um menino de 8 anos para saber se ele é forte. Se 3 pessoas medirem o recém nascido, teremos 3 medidas diferentes. A única medida que tem função é o peso.

Curiosidades da Partolândia XI: o cordão umbilical é preenchido de uma geléia elástica que faz com que ele seja praticamente "incomprimível", mantendo assim os vasos sanguíneos bem protegidos. Por isso que em situações normais, circulares de cordão (seja quantas forem), não tem qualquer significado!
O primeiro brinquedo do bebê é o cordão. Ele inclusive pode apertar, puxar se enrolar...

Curiosidades da Partolândia XII: na imensa maioria das situações, quem determina a entrada em trabalho de parto é o bebê. Quando seu pulmão (último órgão a amadurecer) fica pronto, começa a produzir surfactante, que cai no líquido amniótico e provoca uma reação em cadeia que faz a mulher entrar em trabalho de parto. Portanto quando a mulher não está em trabalho de parto significa que o bebê não está maduro, simples assim. Para entrar em trabalho de parto, não adianta escalda pé, acupuntura, comida apimentada e escrever cartas. O que adianta é pedir pro bebê produzir logo um pouco de surfactante!
E corticóide durante as últimas semanas da gestação para fazer uma cesárea não é garantia que o bebê estará pronto para nascer. Mas essas medidas não medicamentosas podem ajudar a relaxar. Tem coisa melhor que namorar, comer e tomar um bom banho pra afastar a ansiedade?

Ana Cristina Duarte, é mãe da Julia, nascida de uma cesárea desnecessária e do Henrique, nascido de parto normal hospitalar. É parteira (obstetriz) e educadora perinatal.
Atuação: Acompanhamento do parto, palestras e cursos de preparação para o parto em São Paulo, no espaço GAMA.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Primeiro Chá de Bênçãos

Acabo de voltar do nosso primeiro Chá de Bênçãos.
Foi maravilhoso.
A Gabi e a Cris eram as nossas gestantes "abençoadas" no chá. Conversamos bastante, teve escalda pés, leitura, carinho e muito amor :).
Obrigada Marisse por ceder o espaço e por ensinar um pouco sobre os óleos essenciais e por usá-los no nosso encontro, estava uma delícia!

Com certeza repetiremos a dose!
Vejam as fotos:



Até mais!!!