sábado, 28 de julho de 2012

Sobre a proibição do CREMERJ

Algumas pessoas vieram me procurar dizendo que se lembraram de mim quando viram as matérias sobre a proibição do CREMERJ de médicos atenderem partos domiciliares ou até mesmo ficarem de sobreaviso para qualquer complicação. Não contentes em retirar a retaguarda das gestantes (das poucas gestantes comparadas a imensa maioria que tem seus bebês em corredores de hospitais) alegando risco aumentado para o parto em casa proibiram também doulas, enfermeiras obstetras, obstetrizes e etc (o que seriam estes etc?) de acompanharem partos nos hospitais. 
Para você entender bem a situação temos algumas perguntas e respostas:


‎8 Perguntas e Respostas:

1) O CREMERJ proibiu o parto em casa?

Resp: Não. O CREMERJ não tem poder para isso. Uma das resoluções emitidas, no entanto, propõe denúncia ao conselho, para que seja feita investigação e provável punição, daqueles médicos que participarem de equipes que atuem em partos domiciliares.

2) Mas CREMERJ proibiu o suporte médico em partos domiciliares porque quer proteger as mães e os bebês?

Resp: Não, se o CREMERJ queria nos proteger, deveria ter feito o oposto: permitido o suporte médico de retaguarda, para os casos em que é necessária uma transferência. Além disso, se isso fosse verdade, estaria realmente preocupado com os altos índices de cesáreas desnecesssárias no país e com as péssimas condições hospitalares para a população.

3) Mas o parto domiciliar planejado é realmente mais perigoso que o parto hospitalar, ou não?

Resp: Não, o parto domiciliar planejado é tão seguro quanto o hospitalar. Já existem evidências científicas sólidas comprovando que, para gravidez de baixo risco, com acompanhamento de parteiras treinadas e capacitadas, e possibilidade de transferência para hospital de referência, o parto em casa é seguro.

4) Se o parto domiciliar planejado é seguro, porque o CREMERJ é contra?

Resp: Porque o parto em casa não precisa de médico, e eles parecem estar preocupados com a reserva de mercado pois esta vem sendo uma opção que vem crescendo nos últimos anos. 

5) As doulas não podem mais entrar no hospital porque não é seguro que ela não tenha formação em saúde? Isso faz sentido?

Resp: Não faz sentido pois a doula não exerce nenhuma função técnica que o médico, obstetriz ou enfermeira realize. O papel da doula é incentivar e encorajar a gestante, oferecendo conforto físico e suporte emocional, o que pode ser útil inclusive para o acompanhante de escolha da mulher. Qualquer técnica utilizada pela doula é não-farmacológica. As doulas são recomendadas pela OMS e estão previstas nos projetos do governo pela sua presença no parto ser considerada uma boa prática mundial em saúde. Há vários estudos científicos que mostram que a doula eleva a satisfação da mulher no parto, reduz em mais de 30% a chance de intervenções, e aumenta a chance de parto normal. 

6) Então porque o CREMERJ é contra as doulas?

Resp: Porque as doulas abrem os olhos das mulheres que, empoderadas, exigem ser respeitadas, ouvidas e participar das decisões que envolvem seu corpo, seu parto e nascimento do seu filho. O conselho parece não querer isso, pois acreditam que os nossos corpos são propriedade deles.

7) Essas medidas do CREMERJ são legais?

Resp: Não. Essas medidas, além de ferir várias cláusulas do Conselho de Ética Médica, atentam contra princípios constitucionais, direitos humanos e reprodutivos, direitos do médico em atuar sob à luz das mais atualizadas evidências científicas, Lei do Acompanhante (que é de escolha da mulher, podendo inclusive ser uma doula), recomendações da OMS e políticas ministeriais.

8) E como ficam os direitos das mulheres?

Resp: É um direito da mulher escolher o local de parto. Entretanto, com essas medidas, sem equipe de retaguarda, a mulher se vê obrigada a ter o bebê no hospital - e sem uma doula. Haverá uma manifestação em Ipanema, organizada por mulheres, para reivindicar à sua liberdade de escolha e de ter um parto humanizado (05/08, Posto 9 -Ipanema).

Até mais com a programação da nossa Marcha do Parto Humanizado!!!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Nasceu Benjamin da Michelle e do Anderson



A Michelle e o Anderson me procuraram no Gesta. Desde a primeira vez que eu conversei com ela senti uma firmeza incrível. Eles optaram por não saber o sexo do bebê :D. Então este parto teve um gostinho de surpresa a mais. Apesar que nosso palpite era que viria o Benjamin mesmo.
O GO (Dr. Alessandro Galletto) que iria acompanhar estava viajando e foi muito atencioso atendendo nossos telefonemas e pedindo para o Dr. Gilberto ficar no seu lugar mesmo sendo 2 horas da manhã.
O parto foi muito rápido, a parte ativa mesmo não chegou a durar 2 horas e meia. 
Este ainda nem é o relato, eu quero muito que ela escreva este relato que tem muita coisa engraçada e boa pra contar! To doida pra saber a visão dela das coisas e assim que ela postar eu publico aqui quem sabe com alguma impressão que eu tive ;)

E foi assim que você chegou…!


Era madrugada de sexta para sábado quando eu notei que um líquido incolor escorria por entre minhas pernas toda vez que me levantava ou fazia força. Mas preferi pensar que não era nada demais, e assim eu enganava minha cabeça e a ansiedade não tomaria conta de mim.
No sábado pela manhã eu pedi ao meu marido que me ajudasse a lavar os tapetes da sala no quintal. Foi nessa hora que eu comentei com ele sobre o líquido que continuava a escorrer. Nessa hora tive que colocar um absorvente pra conter o “vazamento”, caso contrário eu ficaria toda ensopada em menos de 1h! Era estranho imaginar que talvez fosse a bolsa rompida, estranho porque eu pensava “Mas já??????”. Então resolvemos ligar para o GO.
- Alô, Dr, é a Michelle. Acho que minha bolsa rompeu apesar de estar vazando de pouquinho em pouquinho.
- Oi Michelle… então vai pro Hospital Evangélico (HE) fazer uma avaliação, porque eu não estou em Londrina, estou em Curitiba.
- HEIN?!
- Fique tranquila, vou ligar pro HE avisando que você tá indo pra lá.
Depois do choque (choque porque pensei “como assim que ele tá em Curitiba?????!!!!! – como se médicos não tivessem vida própria, né?) eu resolvi que só iria ao hospital depois de terminar de lavar os tapetes. É claro que eu já tinha avisado minha doula (Marília), por sms. Aliás, a doula oficial também estava viajando! Na verdade ela estava voltando de viagem, mas só chegaria a noite. Daí avisei a outra doula (Lorena) também! Afinal… como assim parir sem ninguém?!??! É muito abandono!
Fomos ao HE. Eu e meu marido armados até os dentes, afinal, eu não queria ser internada naquele hospital (eu já tinha me planejado pra ter o neném em outro hospital, Araucária). Sem falar que como estávamos sem doula e sem o GO, me senti completamente desprotegida. Ao ser encaminhada para a maternidade avisto um rosto familiar entre as enfermeiras. Na mesma hora meu coração sossegou e respirei aliviada.
Eu só disse assim pra enfermeira chefe: “Oi fulana! Eu sou Michelle, do Gesta!” E ela abriu um sorriso e depois tudo ficou mais fácil. Parecia um código, sabe? E começamos a falar a mesma lingua: parto humanizado. Ela foi extremamente gentil durante o exame e manteve meu GO – por telefone – a par de tudo o que estava acontecendo. Aquilo tudo me deixou muito mais tranquila. Resumo do exame: eu estava com bolsa rota, colo do útero amolecido, nenhuma dilatação e contrações de Braxton Hicks apenas. Fiz um ultrassom pra ver se estava perdendo líquido amniótico (negativo), e o neném estava ótimo! Ou seja, tudo perfeito pra voltar pra casa e ficar lá, de molho. E foi o que o obstetra substituto fez, me liberou.
Mortos de fome, eu e meu marido fomos almoçar no Habbib’s. Foi então que percebi que eu estava ensopada, e em todo lugar que eu sentava, eu deixava um ‘carimbo’. Foi desagradável, mas pelo menos almoçamos (esfirras e beirute), e voltamos pra casa. Tomei um banho, me troquei e fui me deitar no sofá da sala pra tirar uma soneca.
Durante a soneca eu percebi que as contrações que antes eram na parte de cima da barriga, foram para a parte de baixo, e passei a ter cólicas levemente incômodas. Fingi naturalidade e deixei o sábado rolar, mas daí pedi ao meu marido que anotasse o tempo das contrações pra gente ter noção do que estava realmente acontecendo. Ao me deitar pra dormir (umas 22h) as cólicas estavam um pouco mais fortes, porém à meia noite e meia eu acordei com uma cólica absurda! Corri para o banheiro pensando na possibilidade de evacuar e aliviar a dor. Ledo engano!!!! Ao me sentar no vaso notei que o tampão tinha saído, e agora eu tinha contrações mais intensas. O Anderson estava acordado, e lá pela 1 e pouco da manhã eu chamei ele e disse:
“Marido, o bicho tá pegando!”
Liguei para a doula e mandei uma mensagem para o celular do GO que estava em Curitiba. Me vesti e entrei no carro me concentrando nas contrações e seus intervalos refrescantes.
Chegamos no Hospital Araucária às 2 e pouco da manhã. Fomos recebidos pela Marilia e toda sua parafernália. Na recepção o ambiente era calmo e vazio (ufa!), e logo o atendente mandou trazer uma cadeira de rodas (??). A enfermeira ouviu “Obrigada, mas prefiro andar. Sacumé, ajuda pro parto!”. Não posso deixar de relatar que tanto o atendente quanto a enfermeira ficaram levemente chocados com a rejeição da cadeira de rodas e com a notícia de que era pra ser parto normal.
A enfermeira (novinha, com cara de recém formada), me examinou e disse “4cm de dilatação”. Eu e a Marilia vibramos (nessa hora meu marido estava ajeitando a papelada da internação).
Assim que tudo estava acertado fomos para o apartamento (enfermaria). O quarto era só nosso! \o/
Avisamos a enfermeira que seria parto natural. Ela ainda não estava acreditando. Eu achei o máximo a cara dela ao ver a banqueta de parto e o nosso bom humor – mesmo com contrações, dor, e afins. Logo fui sentando na banquetinha, e as contrações pareciam aumentar, mas eu deixava ela ir e vir, e fazer o papel dela: trazer meu neném.
Em certo momento as enfermeiras vieram com a maca para me levar para o centro cirúrgico. Daí começou o fuzuê!
Dissemos que eu não iria pra CC nenhum, que eu teria o neném no quarto. As enfermeiras acharam aquilo um absurdo e disseram que era contra as regras do hospital. Só sossegaram depois que informamos que isso tinha sido combinado com o GO ausente (mas que tem moral lá) e com o Pediatra, e que eu não ia sair dali!! A contra gosto elas trouxeram os equipamentos para o quarto e várias outras vezes elas reapareciam lá no quarto para averiguar o que tava rolando.
Lá no Araucária um outro obstetra me atendeu (também enviado pelo meu GO ausente). Esse médico parecia ser super gente boa, já tínhamos ouvido sobre ele. Mas nem tudo são flores, né?! Ele me examinou e disse: “4 cm só! Esse neném só vai nascer pela manhã!”. Eu pensei: “4 cm??? wtf!!!! Acho que ele errou, hein?”, mas fiquei na minha. Foi então que o simpático médico japonês puxou uma conversa nada legal:
- Eu sugiro fazer um enema (lavagem intestinal) para evitar infecção (??), e também uma analgesia. Afinal, pra que sentir dor, uh?
Eu: – Não quero fazer enema.
Marilia: – Não se faz mais enema!!!! –> neste momento o médico ignorava completamente a doula, e chegava a ser engraçado.
Anderson: – Não vai fazer a lavagem, e nem aplicar analgesia. Ela não quer!
Médico: – Ela que tem que decidir.
Eu: – Eu não quero nem um, nem outro.
Médico: – Vou deixar você pensar! (e ficou parado, na minha frente, esperando eu responder)
Eu: – Não vou responder agora, vou pensar (blefe!!!) e depois respondo. (na verdade eu queria dizer: SOME DAQUI COM SEU ENEMA E ANALGESIA!).
E então ele saiu da sala pra eu “pensar” (ha ha ha).
Nesse momento eu estava tendo contrações e sentia os puxos. Eram intensos, e como eu estava deitada na cama (o médico tinha pedido pra eu deitar pra me examinar), eu via minha barriga se mexer assustadoramente a cada contração. Certo momento tomei coragem de me levantar e pedi pra ir pro chuveiro. No começo fiquei na banqueta com a água do chuveiro batendo na lombar, mas depois preferi ficar em pé, com os quadris para trás, me apoiando na barra de ferro e no Anderson. Essa posição era ótima! Porque quando os puxos vinham, eu ficava à vontade para agachar (eu sentia vontade de agachar todas as vezes).
A sensação que eu tinha era que minha lombar ia se rasgar a qualquer momento. O Anderson e a Marilia faziam massagem na lombar e eu tentava relaxar. Teve uma hora que a dor parecia insuportável. Até pensei em pedir a analgesia tão insistida pelo médico, mas a Marilia não deixou. Ela disse “Esse é o máximo de dor que você vai sentir! Não vai passar disso!”. Ouvir isso foi um alívio…
Pouco tempo depois os puxos ficaram mais próximos, e em um deles eu tive a sensação de que a cabeça do neném estava dentro do canal vaginal. Foi num segundo puxo que a sensação ficou mais nítida. Eu estava em pé apoiada no Anderson, só nós dois no banheiro. Nessa hora eu resolvi por a mão para sentir o que estava acontecendo, porque eu tinha certeza que o neném estava coroando. E BINGO, senti a cabecinha do neném querendo sair! Chamei a Marilia e a enfermeira dizendo “- Gente! Tá coroando! O que eu faço!?”. A enfermeira estava incrédula e animada (primeiro parto natureba que ela presenciava), e se certificou que estava coroando mesmo. E foi chamar os médicos (o GO e o pediatra).
O médico pediu para que eu me deitasse na cama. Me deitei, mas eu achei que seria só pra ele me examinar, sei lá. Quando eu disse que queria ter o neném na banqueta, ele riu e disse que isso não era possível. Então eu sugeri: “E em pé, posso???”, e ouvi a mesma resposta. Nessa hora eu percebi que essas posições alternativas não estavam dentro da rotina dele, e preferi ceder (a Marilia não gostou muito, mas depois concordou comigo que isso era demais para o Dr. Enema). Ele me queria completamente deitada, e eu disse que assim não dava, tinha que ser o mais inclinada possível. Ele concordou, e nessa hora a Marilia pegou o controle da cama e foi subindo, subindo, e o médico pedindo pra parar, e ela se fez de morta e subiu um pouco mais.
Confesso que estava até engraçado ver a disputa entre o médico e nós três (acho que era quatro, porque o Pediatra é do nosso time também! Mas ele só ficava assistindo, ria, e não tomava partido).
O médico começou a mexer em pinças, tesouras e outros instrumentos cirúrgicos, e perguntei pra que aquilo tudo. Antes que ele respondesse eu disse: “Nada de episiotomia!”, e ele disse que se fosse necessário ele faria. E bati firme “Nada de episio, deixa lacerar, eu não ligo!!!”. Depois ele veio com um lero lero de que talvez fosse necessário deslocar o ombro do neném pra passar, e novamente eu retruquei “Não vai precisar de nada disso, você vai ver!”. E sempre que eu retrucava o Anderson e a Marilia faziam coro.
Nessa hora as contrações foram embora… o clima foi quebrado… mas eu queria meu neném comigo, e me concentrei. Fiz força. Pedi, por gentileza, que fechassem a porta do quarto porque eu queria gritar. E isso foi motivo de riso, e disseram: “Onde já se viu pedir licença pra gritar no parto?”
E eu gritei!
Ai como gritar é bom nessa hora! Eu sentia a cabeça do neném saindo e aquilo parecia fogo. Eu gritava: “Tá queimando!”, e dizia palavrões em inglês (segundo a Marilia). E logo ouvi o médico: “Já foi metade da cabeça. Faz mais uma força pra acabar!”. E foi assim… mais uma força e a cabeça saiu, e o corpinho escorregou pra fora. Nessa hora todo mundo parou pra olhar a genitália do neném. “É menino!” “Benjamin!”. E acabou o mistério do sexo do neném! hAUheuahuehauheuhae
Era 4:50 da manhã.
Peguei meu filho entre minhas pernas, ligados pelo cordão umbilical, e puxei para meu peito. Tão lindo, perfeitinho! Nasceu limpinho, de olhos abertos. E eu agradecia o Pediatra por ter ficado lá (ele disse que se desse 7h da manhã e nada do neném, ele teria que sair para o plantão no HU). O Anderson cortou o cordão depois que ele parou de pulsar. O Pediatra não fez nada no neném, só secou o cabelinho e enrolou em um lençol, arrumou o umbigo e deu a nota do apgar (1o).
Benjamin: 50,5 cm e 3,290 kg.
Como Deus é maravilhoso! (eu pensava)
Depois fiquei namorando o Benjamin enquanto o médico dava os pontos na laceração do períneo (foi pouca coisa).
Quando tudo acabou e toda a equipe médica saiu do quarto eu só queria duas coisas: comer e descansar.
A Marilia ficou esperando o marido dela vir busca-la, eu tomei um banho, e o Anderson ficou o tempo todo contemplando nosso neném.
Depois nós 3 ficamos lá no quarto, sozinhos, dormindo. Afinal, a madrugada foi animada lá! x:D
Alguns pontos importantes nesse dia:
1. Nós ‘catequisamos’ a enfermeira naquela noite. Mostramos pra ela que o parto normal/natural/humanizado é possível e não é um bicho de sete cabeças. Ela ficou muito animada e feliz por ter participado de todo o parto e por termos sido tão tranquilos com ela (na noite anterior uma outra gestante, que teve parto normal, quase matou a equipe médica, e ela estava traumatizada).
2. O trabalho de parto, ao todo, durou menos de 4:30. E o trabalho de parto ativo, menos de 2h.
3. A presença da doula foi fundamental!
4. A presença e participação ativa do meu marido foi maravilhosa. Sem ele seria impossível! Te amo forever!
5. Depois do parto me senti a mulher mais mulher desse mundo! x:)))))
6. O médico errou, o neném não nasceu depois do sol! o/


Benjamin chegou as 4:53 do dia 22 de Julho de 2012 pesando 3,300kg e medindo 50cm. Michelle e Anderson estão muito felizes!
Hoje tivemos uma consulta pós-parto o leitinho já desceu e ele está acostumando com a quantidade hehe! Benjamin é um fofo!

Uma linda vida pra vocês, tenho certeza que serão pais maravilhosos!

BjoS!!!


quarta-feira, 18 de julho de 2012

101 coisas para fazer no final da gestação

E você passa pelas 38... 39... semanas e o bebê pelo jeito está adorando ficar dentro da barriga. Você pode se sentir um pouco (ou muito hehe) ansiosa com isto.
Aqui está uma lista com 101 sugestões de coisas pra fazer para se distrair desta ansiedade:

  1. Leia outro livro sobre a gravidez.
  2. Tome um banho de espuma.
  3. Vá a pedicure/manicure
  4. Coma algo apimentado.
  5. Fale com um velho amigo ou amiga.
  6. Aprenda a contar o tempo das contrações.
  7. Escolha um album para o bebê.
  8. Olhe a lista de nomes mais uma vez. (Vai que ainda quer mudar?)
  9. Escreva seu plano de parto.
  10. Mude a mensagem da secretária eletrônica para avisar que você ainda está por aí.
  11. Vá ao cabeleireiro.
  12. Receba uma massagem.
  13. Viaje em uma estrada esburacada.
  14. Recalcule a data provável do parto.
  15. Se comunique com as pessoas do fórum ou grupo de gestantes.
  16. Assista as reprises na TV.
  17. Lave as roupas do bebê.
  18. Vá ao cinema, sozinha ou acompanhada.
  19. Faça um saquinho térmico de arroz com uma meia. (Passo a passo aqui)
  20. Tente uma nova receita para o jantar.
  21. Arrume a mala da maternidade.
  22. Lembre de alguns momentos da sua gestação. Se quiser escreva sobre eles.
  23. Compre uma camisola nova.
  24. Dance!
  25. Dê uma olhada nos novos bebezinhos que já chegaram.
  26. Instale o bebê conforto/cadeirinha no carro.
  27. Vá às compras.
  28. Imagine o seu bebê.
  29. Coma OUTRA coisa apimentada.
  30. Compre um sutiã de amamentação.
  31. Se você tem filhos mais velhos, leia para eles.
  32. Deixe a depilação em dia.
  33. Visite alguém que teve bebê recentemente para aprender a segura-lo no colo.
  34. Pense em respostas para as perguntas idiotas sobre se você ainda está grávida.
  35. Experimente uma nova cor de esmalte. Se enjoar, mude de novo.
  36. Ligue para sua mãe.
  37. Fique um tempo no quartinho do bebê.
  38. Compre um brinquedo fofo para o bebê.
  39. Coma muita fibra.
  40. Arrume toda a mobília que está fora do lugar.
  41. Faça as lembrancinhas da maternidade.
  42. Se exercite – yoga, hidroginástica, caminhada o que for melhor para você.
  43. Pratique algumas posições para o parto.
  44. Caminhe pelo mercado.
  45. Verifique se seus documentos e carteira do plano de saúde estão na sua mala.
  46. Sua camera está carregada ou com baterias?
  47. Escolha músicas para a hora do parto.
  48. Compre um pacote de absorvente noturno.
  49. Compre uma escova de dentes nova.
  50. Faça um bolo de aniversário.
  51. Ligue para sua melhor amiga.
  52. Brinque com seus animais de estimação.
  53. Não faça nada, só pra variar um pouco.
  54. Faça uma massagem no seu marido. Mostre a ele como você gosta de ser massageada.
  55. Compre todos os presentes que você precisará dar durante as 6 semanas depois do parto.
  56. Tome um sorvete.
  57. Verifique novamente a mala da maternidade.
  58. Vá a um grupo de apoio ao parto ativo.
  59. Dance com seu marido.
  60. Embale alguns lanchinhos para levar para a maternidade.
  61. Faça uma barriga de gesso.
  62. Compre uma lingerie mais sexy (ou pelo menos não uma bege) para as semanas depois do parto.
  63. Se você tem outros filhos faça camisetas “de irmão mais velho” para eles.
  64. Faça uma fornada de biscoitos para os médicos e enfermeiras da maternidade.
  65. Não esqueça de ir às consultas do pré-natal.
  66. Peça sua pizza favorita.
  67. Faça sexo! :D
  68. Pense sobre o novo bebê ou sobre o parto.
  69. Fale para o seu marido o quanto o ama e o admira.
  70. Faça uma lista com as pessoas que você quer avisar primeiro da chegada do bebê.
  71. Faça uma revisão no seu carro.
  72. Compre uma loção hidratante para usar no parto.
  73. Coloque fraldas para o bebê na mala.
  74. Ligue para o seu marido para ver se ele está atento.
  75. Asse um bolo para comer depois que o bebê nascer.
  76. Coloque a mala da maternidade no carro.
  77. Tenha certeza que alguém vai te ajudar no pós-parto.
  78. Começe a fazer um scrapbook para o bebê se você já não começou.
  79. Marque uma consulta com o pediatra.
  80. Veja suas fotos quando era bebê e criança, relembre sua infância.
  81. Saia para comer com algum amigo.
  82. Leia relatos de parto positivos.
  83. Converse com sua doula sobre suas últimas preocupações.
  84. Sinta seu bebê mexer. Lembra como você esperou sentir o primeiro movimento?
  85. Faça um jantar romântico para vocês dois.
  86. Faça uma lista de tudo o que você vai sentir falta quando não estiver mais grávida.
  87. Pode ser bom aprender a tricotar alguns sapatinos.
  88. Converse com sua mãe sobre como você nasceu.
  89. Limpe a geladeira.
  90. Alugue uns filmes.
  91. Faça o percurso de casa para a maternidade..
  92. Assista um filme que faça chorar.
  93. Leia aquele livro que estava louca pra ler.
  94. Vá ao trabalho – por que não?
  95. Pense sobre métodos anticoncepcionais para o pós-parto.
  96. Leia um livro ou assista um video sobre amamentação.
  97. Pratique uma nova técnica de relaxamento.
  98. Redobre e rearrume as roupinhas do bebê.
  99. Escreva uma carta para o bebê contando o quanto está ansiosa para conhece-lo!
  100. Faça uma lista de tudo que você não vai sentir falta depois da gravidez.
  101. E finalmente entre em trabalho de parto e conheça seu bebê ;)!
BjoS!!!


Tradução: Marilia Mercer

terça-feira, 3 de julho de 2012

LAURA GUTMAN NO BRASIL - EU VOU!


Pela primeira vez no Brasil, Laura Gutman estará em Florianópolis dia 01/09 e em São Paulo dia 02/09 para o seminário "O poder do discurso materno".
É autora de livros como "A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra", "Crianza, violencias invisibles y adicciones" e "La revolución de las madres", que exploram o universo da maternidade, os vínculos familiares e as dinâmicas violentas aos quais os seres humanos estão submetidos.
Desde 1996, formou mais de 300 educadores, médicos e profissionais em geral, objetivando construir uma nova visão acerca do problema da violência social e oferecer ferramentas concretas para assumir, com maios consciência, o trabalho que compete a cada um de nós na criação de um mundo menos violento e mais humano.
O seminário terá duração de 4 horas e é dirigido a mães, pais, professores, educadores, psicólogos, psicopedagogos, assistentes sociais, profissionais da saúde, profissionais das ciências humanas e todos aqueles que desejam contribuir para um mundo mais amável.
Mais informações em www.lauragutmannobrasil.blogspot.com.




Até mais!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Você sabe o que é o Parto Humanizado?

O QUE É O PARTO HUMANIZADO?

Não verdade não há um consenso sobre o que é parto humanizado e há muito preconceito também, especialmente entre profissionais que se recusam a sair do modelo "eu faço partos há 20 anos, não é você quem vai me ensinar". Entre essa categoria mais engessada, a fala em geral é: "se eu não faço parto humanizado, eu faço o que? parto de bicho?". Em uma coisa eles têm razão, esse nome não diz nada!

O que faz diferença na assistência humanizada verdadeira é a atitude de todos. Por isso, se o seu profissional prioriza o conjunto te preceitos enumeradas abaixo, ele é um profissional humanizado, dentro desse conceito de humanização.

Vamos a eles!

1) Respeito aos tempos da mãe e do bebê. Qualquer aceleração do processo, quer indução, aumento artificial das contrações ou agendamento de cesariana precisa de uma forte justificativa clínica. Não faz sentido marcar a cesariana porque a mãe está pesada, e entender isso como "protagonismo feminino". Existem várias possibilidades de ajuda para uma mãe cansada, e que não desrespeitam o tempo do bebê.

2) Respeito ao protagonismo feminino. É importante mudar o olhar e compreender que o parto é da mulher e que ela tem direito a escolhas e total liberdade. Esse é talvez o maior desafio dos profissionais e dos serviços. A cada vez que alguém se dirige à mãe e se diz o que ela deve fazer, já houve um desrespeito a esse protagonismo. Um exemplo básico, se a mãe chega na triagem e alguém diz: "por favor, mãezinha, a senhora vai ali naquele banheiro, tira toda a roupa e coloca essa camisolinha voltada para trás".. BANG! Matou o protagonismo! Essa talvez é a maior mudança de mentalidade necessária e a origem de todas as outras mudanças.

3) Compartilhamento de responsabilidades. O médico não proíbe, não aconselha, não manda. O médico ou a parteira ou qualquer outra pessoa da equipe mostra sempre as opções e a mulher escolhe o que ela quer para ela. Mesmo quando parece não haver opção, há opção. E já que não existem garantias mesmo, o melhor é ser claro, mostrar riscos e benefícios e permitir que a mulher sinta que está sendo co-responsável por suas escolhas. Por exemplo: "Sim, você pode tomar analgesia, mas existe um pequeno risco disso repercutir para o bebê, ou você pode tentar ficar mais um pouco na banheira, ficar lá com o seu marido e ver se consegue aguentar mais um pouquinho. Quem sabe possamos reavaliar daqui a 1 hora e já vai estar bem mais perto de nascer?"

4) Uso das melhores evidências. Depois de 30 anos de evidências contra o uso rotineiro de episiotomia, não cabe afirmar que a episiotomia protege a mulher. Hoje em dia existem claras evidências de que o melhor é deixar o parto acontecer naturalmente, sem qualquer tipo de intervenção, no ambiente mais simples possível, com equipes igualmente simplificadas.

5) Levando tudo isso em consideração, apesar de que uma ou outra mulher possa precisar de analgesia, ou de rompimento artificial da bolsa das águas, ou um pouquinho de ocitocina em algum momento, a imensa maioria das mulheres de baixo risco terá, dentro desses princípios todos, um parto:

- De início espontâneo, sem indução
- Sem precisar subir em cadeira de rodas ou macas até a sala de parto
- Sem precisar usar uniformes específicos
- Em um ambiente simples, sala agradável (chamadas de PPP), com mobília adequada, com banheira e chuveiro disponíveis, luz baixa, música a gosto e total privacidade
- Atendido por uma obstetriz, enfermeira obstetra e/ou médico
- Sem o uso de ocitocina durante todo o trabalho de parto
- Sem raspagem dos pelos pubianos e/ou a abjeta lavagem intestinal
- Com liberdade de alimentação e ingestão de líquidos
- Sem o uso de cardiotocografia contínua, tendo o coração do bebê avaliado intermitentemente com um sonar simples, a intervalos regulares de tempo
- Com apoio contínuo do(s) acompanhante(s) e de uma doula particular
- Com o uso de métodos não farmacológicos para dor
- Com o uso de analgesia se necessário, depois de informada dos riscos e benefícios
- Sem ruptura artificial da bolsa das águas
- Com absoluta liberdade de movimentos para a mãe durante todo o processo, inclusive durante o período expulsivo
- Encorajamento das posições verticalizadas
- Sem episiotomia, sem empurrar a barriga, sem prender a respiração para fazer força comprida, sem fórceps, sem vácuo-extrator
- Sem limites arbitrários de tempo para o parto e para o período expulsivo
- Com o bebê sendo colocado imediatamente no colo da mãe com o cordão ainda ligado, mantido intacto pelo menos até parar de pulsar, e com amamentação a mais precoce possível
- Sem aspiração das vias aéreas do recém nascido, separação da mãe, colírio e identificação só após a primeira mamada, vitamina e vacina só depois de algumas horas e após tempo para o vínculo mãe-bebê
- Com o uso de alojamento conjunto até o final da estadia

6) O uso de uma intervenção (ou mais, se necessário) não tira o aspecto humanizado do parto. Desde que seja necessária no contexto e de que seja dada a escolha para a mãe, desde que seja, portanto, utilizada em caráter de exceção. E no final, até mesmo uma cesariana pode ser necessária, e ainda assim é perfeitamente possível ser calmo, falar baixo, respeitar mãe e bebê sem falar de outros assuntos, baixar a luz, aquecer o ambiente, e obedecer aos três últimos princípios, que ocorrem depois do nascimento.

Em suma, o parto humanizado é um parto o mais natural possível, com o menor número de intervenções que for possível para aquela dupla mãe-bebê e onde cada intervenção só seja utilizada quando os seus riscos forem menores do que o risco de não utilizá-la; onde os tempos, os interesses e a liberdade da mãe e do bebê sejam os principais motivadores de todos os envolvidos; e o melhor: tudo baseado em evidências científicas e nas recomendações da Organização Mundial da Saúde.

Ana Cristina Duarte
Obstetriz

Posições de Parto


Assista alguns filmes e séries de TV com cenas de parto que você será perdoado por pensar que a única maneira de uma mulher dar à luz é deitada de costas com os joelhos dobrados para cima ou com as pernas balançando em estribos.

Mas esta é realmente a melhor maneira de dar à luz? Vejamos algumas das posições que você pode adotar durante o parto e como eles podem te ajudar a facilitar o trabalho de parto.

"Parto Ativo"
Você deve ter lido ou escutado isso várias de vezes desde que você descobriu que estava grávida. Mas o que isso realmente significa?
Não se preocupe - é improvável que o seu obstetra irá lhe perguntar se você gosta de algum tipo de esporte enquanto você está em trabalho de parto - isso simplesmente significa manter uma posição ereta ou semi-ereta a fim de tornar mais fácil para seu bebê descer pelo canal do parto. E manter uma atitude mais ativa. Afinal, se você pensar bem ter a gravidade ao seu lado só pode ajudar. Deitar de costas para dar à luz realmente não faz muito sentido.

De fato, parir em supino (de costas) é um costume relativamente recente. "As mulheres ao longo da história e em todas as culturas diferentes foram descritas parindo em posições verticais e de gravidade neutra", explica Janet Balaskas, fundadora do Centro de Parto Ativo.

"Foi apenas quando a obstetrícia assumiu os partos e o nascimento tornou-se mais medicalizado que as mulheres foram incentivadas parir de costas simplesmente porque é mais conveniente aos médicos para monitorar e examinar."

Embora a um dos principais conceitos de parto ativo ficar em uma posição vertical é algo que acontece naturalmente para as mulheres em trabalho de parto, Sue Jacob, do Royal College of Midwives, recomenda praticar uma variedade de posições durante o pré-natal para que você possa formar uma idéia de que seria mais confortável para você no momento do parto.

Usando uma série de posições de parto em vez de limitar-se a uma, vai ajudar o bebê em sua descida e permitir que seu corpo se adapte às diferentes fases do seu nascimento.

Ser orientada pela doula ou pelo médico também pode ajudar. Eles podem sugerir uma mudança de posição para manter as coisas em movimento. Vale a pena lembrar que basta confiar em seu corpo e seu instinto - você vai encontrar uma posição de parto em que você se sinta bem.

Em pé

Quando usar: Ficar em pé permite que o peso do seu bebê pressione o colo do útero ajudando o seu colo a se abrir. Por isso esta é uma posição boa para usar na primeira fase do trabalho de parto quando as mulheres muitas vezes se sentem inquietas de qualquer maneira.

Tente caminhar entre as contrações descansando o peso do corpo na parte de trás de uma cadeira ou na parede quando tiver uma contração.

É bom para: Além de exercer pressão sobre o seu colo andar por aí assim como prestar atenção na respiração vai lhe dar algo para se concentrar em outras coisas além das contrações. "Estar em pé, ao invés de deitada na cama também tem benefícios psicológicos já que lhe confere uma sensação de estar no controle", diz Sue Jacob.

"É também uma posição que vem naturalmente, não há necessidade de praticá-la durante o  pré-natal."

Por que não é tão boa: Se o trabalho de parto está progredindo lentamente, em pé e andar por longos períodos de tempo vai ser cansativo. Tente alternar entre as posições sentada ou ajoelhada.

Deitada sobre a lateral esquerda

Quando usar: Durante a primeira fase do trabalho de parto, quando as contrações ainda são bastante espaçadas. Deitar sobre seu lado esquerdo vai permitir que você relaxe e talvez até durma um pouco poupando sua energia para o trabalho que ainda tem em frente!

Também é útil se você precisar descansar durante a segunda fase do trabalho de parto - ter sua perna levantada e apoiada por seu parceiro/doula irá assegurar que seu médico ou parteira ainda tenha uma boa visão.

É bom para: "A saída da cabeça do bebê pode ser melhor controlada nessa posição, e há menor probabilidade de haver danos ao períneo" diz Sue.

Estudos mostram que deitar sobre seu lado esquerdo em vez de costas, não restringe o fluxo de sangue para o bebê porque o peso do seu útero não está pressionando os principais vasos sanguíneos. Também permite que as contrações continuem eficazes mesmo você estando em uma posição de repouso..

"Dei à luz meus dois filhos deitados no meu lado esquerdo", diz Alex, mãe de Rosie, três, e Lily, de seis meses. "Não foi uma decisão consciente, eu só fiquei exatamente como eu me sentia confortável."

Por que não é tão boa: deitar fazer você se sentir passiva. Também está limitando a quantidade de ajuda que você pode receber da gravidade. O fato de que seu parceiro ou doula precisarem apoiar a sua perna significa que eles estarão restritos no que podem fazer por você (massageando suas costas por exemplo).

Quatro apoios

Quando usar: Ao longo do trabalhode parto. "Na primeira etapa, eu andava entre as contrações e depois fiquei em quatro apoios sobre uma bola de parto cada vez que uma contração vinha", diz Sarah, mãe de Phoenix, duas semanas. "Mais tarde, no expulsivo, eu estava de quatro quase que continuamente."

É bom para: Estar nesta posição permite que sua doula ou seu parceiro possa massagear sua lombar. é também bom quando o bebê está na posição posterior, de costas para as suas costas), pois elimina o peso do bebê sua coluna vertebral e proporciona espaço para o bebê girar para a posição mais desejável, a anterior (com as costas do bebê para a sua frente).

Estar em quatro apoios também permite que você balane e incline sua pelve aliviando a dor e ajudando o bebê em sua descida. Os efeitos da gravidade são bastante suaves nesta posição, isso permite uma saída muito mais controlada da cabeça e ombros, com um risco muito reduzido de laceração.

Por que não é tão boa: Você pode ter a sensação que muito sangue corre para a cabeça nesta posição fazendo você se sentir tontura e cansaço. A pressão sobre seus joelhos, pulsos e braços também pode ser desconfortável. Mas este desconforto pode ser aliviado com o uso da bola.

Cócoras

Quando usar: Esta posição é útil na segunda fase. Seu parceiro pode suportar seu peso, alguns hospitais também têm cordas suspensas no teto para que você possa se "pendurar" nelas.

É bom para: Aumenta o diâmetro da pelve dando ao bebê mais espaço para se movimentar e realizar sua descida. Por isso é uma boa posição para adotar quando você está empurrando para um bom tempo sem fazer muito progresso.

Por que não é tão boa: Pode ser cansativo – algumas mulheres não estão acostumados a agachar então os músculos da coxa não estão preparados para adotar esta posição por longos períodos de tempo. "A posição pode ser difícil para muitas mulheres", concorda Sue.

"Ela também pode tornar difícil para o obstetra ter uma boa visão de sua área perineal."

Deitada de costas / posição supina

Quando usar: Esta posição pode ser usado em todo o trabalho de parto, mas seu uso se tornou popular para a segunda fase do trabalho de parto muito recentemente. "Eu fiquei deitada de costas na posição tradicional nos partos dos meus dois bebês", diz Louise, 33, mãe de Inga-Britt, três e Axel, 18 meses.

"Nas duas vezes o bebê coroou inesperadamente, então eu realmente não tive tempo para ficar em qualquer outra posição, mesmo que eu quisesse."

É bom para: Como esta é a imagem mais comum para parir que estamos acostumados, muitas mulheres podem se sentir psicologicamente mais 'confortáveis' com ela  que com algumas das posições verticais.

Por que não é tão boa: Gravidade não está ao seu lado quando você está deitada de costas. Esta posição está ligada com trabalhos de parto mais longos e dolorosos. Também como uma maior incidência intervenções e / ou episiotomia. Como o peso do seu útero está pressionando os vasos sanguíneos esta posição pode também limitar o fluxo de sangue para o bebê.

Ajoelhada

Quando utilizar: Ajoelhar é útil na segunda fase do trabalho de parto, uma vez que lhe permite empurrar para baixo de forma eficaz. "Eu havia decidido ter meu filho de quatro", diz Marni, 28, mãe de Flynn, dois.

"Mas quando chegou a hora dele sair me senti muito mais no controle da situação de joelhos, com o apoio de ambos os lados pelo meu marido e uma das parteiras."

É bom para: Ajoelhar tem muitos dos mesmos benefícios que estar em quatro apoio, mas sem a tensão em seus pulsos e braços. Ele permite que você balance a pelve, o que alivia a dor e ajuda o bebê em sua descida e também pode ajudar se o bebê está pressionando contra sua coluna.

"Ajoelhando tem uma série de benefícios ao longo sentado", diz Sue Jacob. "Isso tira a pressão de suas nádegas e permite uma visão melhor."

Por que não é tão boa: A pressão sobre os joelhos pode rapidamente tornar-se desconfortável, tente ajoelhar na cama ou em almofadas para evitar isso.

Sentada

Quando usar: Sentar – seja sobre um banquinho, uma cadeira ou sobre a bola de parto pode ser útil na primeira fase do trabalho de parto. Quando chega a hora de empurrar tente sentar na cama com os joelhos dobrados, caso contrário use uma cadeira ou banqueta de parto.

O banheiro também é uma boa opção! "Eu fui incentivada a ir ao banheiro durante a segunda fase", diz Nicolette, mãe de Freya, de seis meses. "Era tão confortável que eu não queria sair, eventualmente eu sentava no banquinho de parto."

É bom para: Sentar tem a vantagem da familiaridade com a posição e permite que você possa descansar sem perder os efeitos da gravidade. A pressão é removida de suas pernas e costas mas é mantida em seu colo. Setar no vaso é bom porque estamos condicionados a relaxar o nosso assoalho pélvico neste ambiente e também relaxa o períneo.

Por que não é tão boa: O fato da pressão estar sobre o cóccix o deixa com uma menor capacidade de se mover, o que pode inibir a passagem do bebê.

Tradução: Marilia Mercer

domingo, 1 de julho de 2012

O SUS que dá certo!

Para quem tem dúvidas que é possível humanizar a assistência ao parto no SUS.
Isso deu certo.
Isso é Brasil!



Até mais!

Boas razões para usar a bola durante o trabalho de parto

Vocês já ouviram falar sobre a bola que é usada durante o trabalho de parto? 
Sabem quais os benefícios que ela pode trazer para o momento do parto? 


Aí vão elas!

24 boas razões para usar a bola durante o trabalho de parto:

  1. Seu uso facilita posições fisiológicas para o trabalho de parto
  2. Incentiva descida fetal.
  3. Ela auxilia na rotação do bebê quando ele está na posição posterior.
  4. Incentiva relaxamento pélvico.
  5. Facilita o balanço pélvico e os movimentos do corpo.
  6. Incentiva o movimento rítmico.
  7. Ajuda a aliviar dores nas costas.
  8. Pode ser usado com monitorização fetal eletrônica externa ou interna.
  9. Encoraja a mobilidade pélvica.
  10. Fornece apoio perineal sem pressões indevidas.
  11. Ele aproveita a gravidade durante e entre as contrações.
  12. A pressão sobre os pulsos e as mãos é menor quando se usa a posição de joelhos.
  13. Ajuda quando é necessária uma massagem nas costas ou acupressão.
  14. A bola pode acelerar a rotação e a descida do bebê em um parto difícil.
  15. A bola pode ser usado como suporte para a posição de cócoras.
  16. A sua utilização ajuda a ampliar a saída pélvica à sua dimensão máxima na posição de cócoras quando usada no período expulsivo.
  17. Elimina a pressão externa rígicda de uma cadeira, cama ou cadeira de balanço quando sentada.
  18. Permite a liberdade de distribuir o peso do corpo para maior conforto.
  19. Ajuda a aliviar a pressão sobre as hemorróidas.
  20. Incentiva boas posições fisiológicas para repouso.
  21. Pode acelerar o trabalho de parto.
  22. Ajuda contrações a serem menos dolorosas e mais produtivas.
  23. É benéfica para o caso de uma parada de progressão.
  24. Em uma distócia de ombro, ela pode suportar a mãe que precisa ficar na posição de quatro apoios para facilitar a rotação do ombro posterior.

Fonte: Birth Balls: The Use of Physical Therapy Balls in Maternity Care by Paulina Perez. RN.
Ilustrações: Shanna Dela Cruz. © 1994, 1999, 2005 Ruth S. Ancheta.  
Fotos: Marilia Mercer, Lorena Mussi e Cristiane Quinteiro.

Até mais!!

Modelo Obstétrico da Inglaterra

Quando se fala em parto em casa acabam citando tanto o exemplo da Holanda ou mesmo a Australiana que lutava tanto por isso e acabou morrendo depois (um dia depois no hospital e não por uma complicação relacionada ao parto) de um parto em casa. Pouco se fala do modelo obstétrico da Inglaterra que funciona muito bem obrigada! Como disse a Renata Olah (se pronuncia olá, tá gente?):
Olhaaaa Brasiiiillll.... Olha Anvisa... Olha ANS...Olha CRM...... Olha CREMERJ! Você que A-D-O-R-A-M copiar tudo que é de fora.... que tal copiar coisas boas???????
E eu ainda digo:

Olha Londrina!!! Você que tem até o nome inspirado na capital da Inglaterra que tal se inspirar nisso também?



Até mais!