A cesariana sem necessidade é uma epidemia no Brasil. As gestantes sofrem com a falta de informação e sobra de inocência em acreditar em tudo o que o médico diz sem ao menos pesquisar ou procurar uma segunda opinião. A conveniência de alguns médicos, infelizmente a maioria deles, e a falta de preparo para acompanhar um parto normal colaboram com este quadro.
O número de mulheres que se submetem a cesárea para o nascimento dos seus filhos é muito grande no nosso país e bem além do que seria aceitável pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
O número de mulheres que se submetem a cesárea para o nascimento dos seus filhos é muito grande no nosso país e bem além do que seria aceitável pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
A médica obstetra Melania Amorim mantém uma lista sempre atualizada dessas indicações.
Se prepara que a parte de indicações falsas é ENORME!
Segue o texto e a lista:
Parte 1 Indicações de Cesariana Baseadas em Evidências - Parte 1
Parte 2 Indicações de Cesariana Baseadas em Evidências - Parte 2
Parte 3 Condições frequentemente associadas à Cesariana sem respaldo científico
Segue a lista (em constante atualização):
2) Descolamento prematuro da placenta com feto vivo – fora do período expulsivo;
3) Placenta prévia parcial ou total (total ou centro-parcial);
4) Apresentação córmica (situação transversa) - durante o trabalho de parto (antes pode ser tentada a versão);
5) Ruptura de vasa praevia;
6) Herpes genital com lesão ativa no momento em que se inicia o trabalho de parto.
1) Desproporção cefalopélvica (o diagnóstico só é possível intraparto, através de partograma e não pode ser antecipado durante a gravidez);
2) Sofrimento fetal agudo (o termo mais correto atualmente é "freqüência cardíaca fetal não-tranqüilizadora", exatamente para evitar diagnósticos equivocados baseados tão-somente em padrões anômalos de freqüência cardíaca fetal);
3) Parada de progressão que não resolve com as medidas habituais (correção da hipoatividade uterina, amniotomia), ultrapassando a linha de ação do partograma.
SITUAÇÕES ESPECIAIS EM QUE A CONDUTA DEVE SER INDIVIDUALIZADA, CONSIDERANDO-SE AS PECULIARIDADES DE CADA CASO E AS EXPECTATIVAS DA GESTANTE, APÓS INFORMAÇÃO
1) Apresentação pélvica (recomenda-se a versão cefálica externa com 37 semanas mas se não for bem sucedida, discutir riscos e benefícios com as gestantes: o parto pélvico só deve ser tentado com equipe experiente e se for essa a decisão da gestante);
3) hiv/aids (cesariana eletiva indicada se HIV + com contagem de CD4 baixa ou desconhecida e/ou carga viral acima de 1.000 cópias ou desconhecida); em franco trabalho de parto e na presença de ruptura de membranas, individualizar casos.
A presente lista de indicações de cesariana circula na Internet desde 2005, quando eu publiquei a primeira versão em uma comunidade do Orkut ("Cesárea? Não, obrigada!"), e desde então tem sido amplamente divulgada, crescendo lamentavelmente a cada dia, porque estou sempre me deparando com gestantes querendo esclarecimentos ou mulheres que contam suas próprias histórias ou histórias de amigas.
Recentemente, Ana Cristina Duarte, obstetriz e amiga, fez alguns acréscimos e organizou a lista em ordem alfabética, motivo pelo qual lhe dou os créditos da presente versão. É de domínio público, usem à vontade, mas preferentemente remetendo à fonte, ou seja, Amorim & Duarte (2012), com link para esta página da Web.
Não temos a pretensão de cobrir todas as possíveis indicações de cesariana, apenas começamos a elencar sobretudo as "não indicações" mais frequentes.
Para uma leitura mais aprofundada e baseada em evidências, eu recomendo a série de artigos que publicamos na revista Femina, "Indicações de Cesariana Baseadas em Evidências", em três partes:
Parte 1 Indicações de Cesariana Baseadas em Evidências - Parte 1
Parte 2 Indicações de Cesariana Baseadas em Evidências - Parte 2
Parte 3 Condições frequentemente associadas à Cesariana sem respaldo científico
Segue a lista (em constante atualização):
INDICAÇÕES REAIS E FICTÍCIAS PARA A CESÁREA
Algumas indicações de cesariana
REAIS
REAIS
1) Prolapso de cordão – com dilatação não completa;
2) Descolamento prematuro da placenta com feto vivo – fora do período expulsivo;
3) Placenta prévia parcial ou total (total ou centro-parcial);
4) Apresentação córmica (situação transversa) - durante o trabalho de parto (antes pode ser tentada a versão);
5) Ruptura de vasa praevia;
6) Herpes genital com lesão ativa no momento em que se inicia o trabalho de parto.
PODEM ACONTECER, PORÉM FREQUENTEMENTE SÃO DIAGNOSTICADAS DE FORMA EQUIVOCADA
1) Desproporção cefalopélvica (o diagnóstico só é possível intraparto, através de partograma e não pode ser antecipado durante a gravidez);
2) Sofrimento fetal agudo (o termo mais correto atualmente é "freqüência cardíaca fetal não-tranqüilizadora", exatamente para evitar diagnósticos equivocados baseados tão-somente em padrões anômalos de freqüência cardíaca fetal);
3) Parada de progressão que não resolve com as medidas habituais (correção da hipoatividade uterina, amniotomia), ultrapassando a linha de ação do partograma.
SITUAÇÕES ESPECIAIS EM QUE A CONDUTA DEVE SER INDIVIDUALIZADA, CONSIDERANDO-SE AS PECULIARIDADES DE CADA CASO E AS EXPECTATIVAS DA GESTANTE, APÓS INFORMAÇÃO
1) Apresentação pélvica (recomenda-se a versão cefálica externa com 37 semanas mas se não for bem sucedida, discutir riscos e benefícios com as gestantes: o parto pélvico só deve ser tentado com equipe experiente e se for essa a decisão da gestante);
2) Duas ou mais cesáreas anteriores (o risco potencial de uma ruptura uterina – variando de 0,5% - 1% - deve ser pesado contra os riscos de se repetir a cesariana, que variam desde lesão vesical até hemorragia, infecção e maior chance de histerectomia);
3) hiv/aids (cesariana eletiva indicada se HIV + com contagem de CD4 baixa ou desconhecida e/ou carga viral acima de 1.000 cópias ou desconhecida); em franco trabalho de parto e na presença de ruptura de membranas, individualizar casos.
Algumas desculpas utilizadas pelos profissionais para realizar uma DESNEcesárea (em ordem alfabética)
1. Abdominoplastia prévia
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2. Aceleração dos batimentos fetais
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3. Adolescência
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4. Ameaça de chuva/temporal na cidade
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5. Anemia falciforme
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6. Anemia ferropriva
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7. Anencefalia
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8. Artéria umbilical única
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9. Asma
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10. Assalto ou outras formas de violência (gestante ou familiar foi vítima de assalto, então o bebê pode ficar estressado)
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11. Bacia "muito estreita"
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12. Baixa estatura materna
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13. Baixo ganho ponderal materno/mãe de baixo peso
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14. Bebê alto, não encaixado antes do início do trabalho de parto
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15. Bebê profundamente encaixado
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16. Bebê que não encaixa antes do trabalho de parto
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17. Bebê "grande demais" (macrossomia fetal só é diagnosticada se o peso é maior ou igual que 4kg e não indica cesariana, salvo nos casos de diabetes materno com estimativa de peso fetal maior que 4,5kg. Não se justifica ultrassonografia a termo em gestantes de baixo risco para avaliação do peso fetal).
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18. Bebê "pequeno demais"
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19. Bolsa rota (o limite de horas é variável, para vários obstetras basta NÃO estar em trabalho de parto quando a bolsa rompe)
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20. Calcificação da sínfise púbica (alegando-se que ocorreria em TODAS as mulheres com mais de 35 anos, impedindo o parto normal)
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21. Candidíase
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22. Cardiopatia (o melhor parto para a maioria das cardiopatas é o vaginal)
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23. Cesárea anterior
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24. Chlamydia, ureaplasma e mycoplasma
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25. Circular de cordão, uma, duas ou três “voltas” (campeoníssima – essa conta com a cumplicidade dos ultrassonografistas e o diagnóstico do número de voltas é absolutamente nebuloso)
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26. Cirurgia gastrointestinal prévia
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27. Colestase gravídica
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28. Coleta de sangue do cordão umbilical para congelamento e preservação de células-tronco
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29. Colo grosso, colo posterior, colo duro, colo alto e (paradoxalmente) colo curto
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30. Colostomia
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31. Conização prévia do colo uterino
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32. Constipação (prisão de ventre)
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33. Cálculo renal
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34. Data provável do parto (DPP) próximo a feriados prolongados e datas festivas (incluindo aniversário do obstetra)
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35. Datas significativas como 11/11/11 ou 12/12/12 (ainda bem que a partir de 2013 precisaremos esperar o próximo século)
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36. Diabetes mellitus clínico ou gestacional
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37. Diagnóstico de desproporção cefalopélvica sem sequer a gestante ter entrado em trabalho de parto e antes da dilatação de 8 a 10 cm
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38. Dorso à direita, dorso posterior, ou dorso em qualquer outro lugar
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39. Edema de membros inferiores/edema generalizado
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40. Eletrocauterização prévia do colo uterino
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41. Endometriose em qualquer grau e localização
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42. Epilepsia e uso de qualquer droga antiepiléptica
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43. Escoliose
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44. Espondilite anquilosante – Qualquer espondiloartropatia
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45. Estreptococo do Grupo B (EGB) no rastreamento com cultura anovaginal entre 35-37 semanas
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46. Exérese prévia de pólipos intestinais por colonoscopia
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47. Falta de dilatação antes do trabalho de parto
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48. Feto com "unhas compridas"
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49. Feto morto
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50. Fibromialgia
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51. Fratura de cóccix em algum momento da vida
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52. Gastroplastia prévia (parece que, em relação ao peso materno, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come)
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53. Gestação gemelar com os dois conceptos, ou o primeiro, em apresentação cefálica
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54. Gravidez não desejada
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55. Grumos no líquido amniótico
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56. HPV (só há indicação de cesárea se há grandes condilomas obstruindo o canal de parto)
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57. Hemorroidas
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58. Hepatite B e hepatite C
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59. Hiperprolactinemia
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60. Hipertireoidismo
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61. Hipotireoidismo
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62. História de cesárea na família
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63. História de câncer de mama ou câncer de mama na gravidez
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64. História de depressão pós-parto
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65. História de natimorto ou óbito neonatal em gravidez anterior
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66. História de trombose venosa profunda
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67. História familiar de fibrose cística do pâncreas
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68. Idade materna "avançada" (limites bastante variáveis, pelo que tenho observado, mas em geral refere-se às mulheres com mais de 35 anos)
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69. Incisura nas artérias uterinas (pesquisada inutilmente, uma vez que não se deve realizar dopplervelocimetria em uma gravidez normal)
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70. Infecção urinária
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71. Inseminação artificial, FIV, qualquer procedimento de fertilização assistida (pela ideia de que bebês "superdesejados" teriam melhor prognóstico com a cesárea) - motivo pelo qual esses bebês aqui no Brasil muito raramente nascem de parto normal
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72. Insuficiência istmocervical (paradoxalmente, mulheres que têm partos muito fáceis são submetidas a cesarianas eletivas com 37 semanas SEM retirada dos pontos da circlagem)
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73. Laparotomia prévia
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74. Líquido amniótico em excesso
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75. Magreza da mãe
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76. Malformação cardíaca fetal
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77. Mecônio no líquido amniótico (só indica cesariana se houver associação com padrões anômalos de frequência cardíaca fetal, sugerindo sofrimento fetal)
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78. Mioma uterino (exceto se funcionar como tumor prévio)
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79. Miscigenação racial (pelo "elevado risco" de desproporção céfalo-pélvica)
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80. Neoplasia intraepitelial cervical (NIC)
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81. Obesidade materna
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82. Obstetra (famoso) não sai de casa à noite devido aos riscos da violência urbana
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83. Paciente “não tem perfil para parto normal”
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84. Paciente “não ajuda para o parto normal” (momento vidente ON: “no fundo ela quer cesárea”)
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85. Parto "prolongado" ou período expulsivo "prolongado" (também os limites são muito imprecisos, dependendo da pressa do obstetra). O diagnóstico deve se apoiar no partograma. O próprio ACOG só reconhece período expulsivo prolongado mais de duas horas em primíparas e uma hora em multíparas sem analgesia ou mais de três horas em primíparas e duas horas em multíparas com analgesia. Na curva de Zhang o percentil 95 é de 3,6 horas para primíparas e 2,8 horas para multíparas)
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86. “Passou do tempo” (diagnóstico bastante impreciso que envolve aparentemente qualquer idade gestacional a partir de 39 semanas)
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87. Perineoplastia anterior
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88. Pé nas costelas
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89. Pé torto congênito
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90. Placenta grau III ou II ou I ou qualquer outra classificação
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91. Plaquetas baixas não oclusivas do colo do útero
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92. Possível falta de vaga em maternidade para um parto normal, caso a gestante não marque a cesárea
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93. Pouco líquido no exame ultrassonográfico (sem indicação no final da gravidez em gestantes normais)
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94. Praticar musculação ou ser atleta
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95. Pressão alta
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96. Pressão baixa
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97. Problemas oftalmológicos, incluindo miopia, grande miopia e descolamento da retina
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98. Profissão professora
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99. Prolapso de valva mitral
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100. Qualquer malformação fetal incompatível com a vida
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101. Qualquer procedimento cirúrgico durante a gravidez
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102. Reação vasovagal
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103. Sedentarismo
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104. Septo uterino/cirurgia prévia para ressecção de septo por via histeroscópica
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105. Ser bailarina
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106. Suspeita ecográfica de mecônio no líquido amniótico
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107. Síndrome de Down e qualquer outra cromossomopatia
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108. Síndrome de Ovários Policísticos (SOP)
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109. Tabagismo
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110. Trabalho de parto prematuro
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111. Tricomoníase
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112. Trombofilias
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113. Trombose venosa profunda
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114. Varizes uterinas
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115. Uso de antidepressivos ou antipsicóticos
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116. Uso de aspirina
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117. Uso de heparina de baixo peso molecular ou de heparina não fracionada
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118. Útero bicorno
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119. Vaginose bacteriana
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120. Varizes na vulva e/ou vagina
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Até mais!
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